Marco Mariot

Todo o viandante que vai de Urussanga para Rio Caeté, depois de andar uns três quilômetros chega ao Rio Salto. À direita, em meia encosta vê uma casa com paredes de pedra trabalhada. Hoje está quase abandonada, mas continua ali. Pois esta foi a casa de Marco Mariot. Q. D. Baldessar, Imigrantes: Sua História, Costumes e Tradições no processo de colonização no sul do Estado de Santa Catarina. Criciúma, 1991 [Online]. Disponível em: downloads, p. 61

Marco Mariot era o sexto filho de Matteo e Anna e o quinto e mais jovem homem da família. Ele nasceu em 3 de março de 1861 em Longarone.[1]

Qual Marco?

Marco Mariot

Existiram pelo menos três homens chamados "Marco Mariot"" e eles viveram todos em Urussanga na mesma época. Dois deles em Rio Salto. É muito comum confundir os três.

Como explicado anteriormente, duas linhagens dos Mariot imigraram para o Brasil. Em 1879, Matteo e Marco, da linhagem de Pietro embarcaram no Sorata e foram acompanhados por membros da linhagem de Tommaso (ver página de Matteo). Todos vieram de Longarone.

Estes indivíduos eram um casal, Marco Mariot, filho de Tommaso Mariot e Lucia de Vido Mariot, e o seu filho pequeno, Giovanni. Na viagem para o Brasil, o oficial britânico escreveu o nome de Marco errado, por isso na lista de bordo ele parece se chamar "Matteo". A mãe de Marco também foi ao Brasil.

Marco, filho de Matteo, casou com Antonia Mariot, irmã de Marco e filha de Tommaso e Lucia de Vido.

Marco, filho de Tommaso, se especializou em trabalho com pedras e casou-se com Madalena Fontanella. Ele tinha uma casa muito famosa por sua arquitetura em Rio Salto. A casa foi convertida em um restaurante e existe até hoje.

E havia um terceiro Marco. Ele era filho de Defendi Mariot, que era filho de Marco, filho de Tommaso.

Uma curiosidade: em alguns registros do cartório de Urussanga, Marco, filho de Matteo, assinava como Marco Mariot 2 ou até Marco Mariot Segundo, provavelmente porque ele era 8 anos mais jovem que Marco, filho de Tommaso.

Marco, filho de Matteo

Casa de Marco em Rio Salto
Foto do livro Imigrates, p. 257

Não se sabe a data do casamento de Marco e Antonia. Os registros da diocese de Tubarão possuem uma lacuna entre 1887 e 1888, época em que o casamento ocorreu.[2] O registro civil de Urussanga também não parece ter registros até meados de 1892, mesmo motivo pelo qual é difícil confirmar a data de óbito do irmão mais velho de Marco, Giovanni. Interessantemente, Giovanni morreu mais ou menos um ano antes do nascimento do sobrinho de mesmo nome. (E Giovanni tinha uma filha chamada Giovanna, nascida em 1887 e assim chamada em homenagem ao pai falecido.)

Segundo Leda Mariot, neta de Pietro, Marco e Antonia tiveram 12 filhos: 5 homens e 7 mulheres. Uma das filhas não se sabe o nome, e teria morrido queimada em um acidente com o fogão, que era improvisado no chão da casa.[3, P. 10] Dos demais sabe-se dos seguintes:

1. Giovanni: (nascido em 19/12/1888) casou com Irene Trevisol. Viviam em Arroio Trinta.
2. Maria (Marietta): (15/01/1890) casou com Santos Cittadin, viviam em Rio América.
3. Adelia: (15/03/1893) casou com "Fontana".
4. Angelo: (22/02/1895) sem informações.
5. Giuseppe: (02/05/1897) Leda diz que casou com uma "Trevisol".
6. Matteo: (29/03/1899) Leda diz que casou com uma "Fontanella".
7. Lucia: (20/03/1901) s.i.
8. Luigi: (21/02/1902) é dito que ele quebrou a coluna ao abrir um poço e morreu 20 dias depois.
9. Maria Amabile (Amabile): (11/01/1904) s.i.
10. Ida: (26/05/1910) s.i.
11. Enrica (Enrichetta, Henriqueta): s.i. Sem evidências.

Marco morreu em 9 de outubro de 1939 aos 78 anos. Ele vivia em Novo Horizonte, Lauro Müller, e já era viúvo.[4] Leda relata que ele morreu meses depois de ter uma perna deslocada.[3, P. 10] Não é claro se o problema na perna foi a causa da morte ou apenas uma coincidência. No registro de óbito não diz a causa.

Luigi e Enrica não aparecem no registro de óbito de Marco.[4]

A família de Marco