Exame de DNA

Em 2022 o autor efetuou um exame de DNA autosomal.

Ancestry DNA, a entidade que efetuou o teste, possui um banco de dados de DNA com cariótipos mais freqüentes em diferentes regiões do mundo de cerca de 22 milhões de indivíduos. O resultado final é uma estimativa relativamente apurada da familiaridade da pessoa com membros de diferentes sociedades.[1]

Algumas coisas muito interessantes podem ser concluídas com base no resultado do teste, que decidi listar abaixo.

Os Mariot do Vêneto provavelmente não são de origem britânica

DNA A primeira fotografia de uma molécula de DNA (imagem por Enzo di Fabrizio)

O teste de 2022 acusou que não há nenhum indício de DNA britânico por parte de pai.[2] (O teste determina que o autor tem "cerca de 3%" de DNA galês, mas esta estimativa vem da ancestralidade materna, que não é aparentada com os Mariot.)

Transmissão de cromossomos é aleatória, mas a inexistência de cariótipos comuns nas ilhas britânicas fortalece a teoria que os Mariot de Longarone não são britânicos, e fortalece as teorias de origem italiana, francesa e até mesmo grega.

Isso significa que os Mariot de Longarone provavelmente não têm laços com os Mariot das ilhas britânicas. Existe uma chance pequena da existência de ancestrais britânicos na genealogia desta família e os cromossomos não terem sido transmitidos em algum momento (genes recessivos e essas coisas). Mas ainda não existe evidência de que esse seja o caso.

Os Mariot do Vêneto talvez também não tenham laços franceses

O exame acusa cerca de 4% de cariótipos franceses. O autor, entretanto, é trineto de Giosuè Mariot e Giovanna Cordella.

A curiosidade está no fato de Giovanna Cordella ser (provavelmente) neta de Giovanna Zuanon, uma mulher de família francesa, filha de Sebastiano Zuanon e Tomasina Sablè, famílias tipicamente francesas.

Um cálculo básico pode ser feito para estimar a quantidade de DNA que pode ter sido herdado dos Zuanon e Sablè:

Cada pessoa possui 2⁵ ou 32 tetravós (2 pais, 4 avós, etc). Portanto, a quantidade máxima de DNA herdado de um tetravó é 1/32 ou 3.125%.

Como o teste opera na base de estimativa, é seguro presumir que os 4% são um arredondamento, e os 0.875% de diferença são negligíveis.

Se o DNA de origem francesa vier de Giovanna Cordella, parece que os Mariot do Vêneto têm pouco em comum com os da França.

Existe uma chance muito pequena dos Mariot do Vêneto terem laços gregos

Aparentemente, cerca de 3% do DNA do meu pai é das ilhas do mar Egeu, na Grécia.

O problema é que ninguém na sua árvore genealógica parece ter um nome ou sobrenome grego depois de analisar 5 gerações. Mas a sexta geração acima dele possui várias lacunas, uma das quais são os pais de Pietro Mariot, e, novamente, os ancestrais de Giovanna Cordella, desta vez na linha paterna.

Os Cordella são muito comuns no sul da Itália,[3] onde existe uma grande quantidade de descendentes de gregos.[4]

Porém, estas idéias sobre os Cordella são pura especulação. O DNA grego pode muito bem ter vindo dos Mariot, embora seja necessário estabelecer a plausibilidade desta hipótese de outras maneiras. Aparentemente eu tenho um pouco de DNA do sul da Itália, que poderia ser dos Cordella ou dos Mariot, mas se um Mariot passou por ali vindo da Grécia, foi há muito tempo e foi rapidamente.

Talvez os Mariot sejam completamente italianos

Com 31% de DNA da Itália setentrional e apenas 2% do sul da Itália, é difícil posicionar os Mariot do Vêneto em outro lugar do mundo. Calculo que meu avô esteja provavelmente muito perto do título de "100% sangue italiano". Isso sugere que talvez o ato de imigração uma novidade histórica para os Mariot e que a presença deles no norte da itália seja um fenômeno secular.

Isso me faz pensar que a etapa mais lógica para pesquisas no futuro é buscar mais informações no norte da Itália durante o período medieval. É mais provável que a grafia do nome tenha se modificado, mas os ancestrais dos Mariot do Vêneto fossem um grupo relativamente insular e permaneceram na região por muitas gerações.

Herança genética A parte verde é típica do norte da Itália

Futuros exames

Eu fiz o exame por pura curiosidade e paguei pelo serviço. Novos exames podem resultar em novas informações, mas o escopo de potenciais diferenças é bem pequeno.

A coisa mais útil a se fazer seria mais exames de DNA com outros membros da família, especialmente os de ramos mais distantes, e comparar os resultados.

Não pretendo fazer nenhum tipo de campanha para que isso aconteça, mas se o leitor for um decendente dos Mariot do Vêneto e sentir-se inclinado a efetuar um exame similar, gostaria de pedir que compartilhe os resultados. Seria muito interessante revelar mais algumas peças deste quebra-cabeças.

Giancarlo Mariot